31 de mai. de 2011

#prontofalei!!!

Hoje eu queria falar de um assunto sério mas de um jeito diferente. Um jeito que eu aprendi com a vida e com pessoas maravilhosas que passaram e ainda passam por ela. É um assunto sério, uma divagação. Mas quero falar dele com leveza, fazendo graça como eu sempre gosto. Não sei se vocês estão reparando, mas o mundo tem ficado sério e chato demais!
Não se enxerga mais a graça das coisas, a piada do cotidiano, a comédia nas entrelinhas. E isso é triste, chato e burro. As pessoas que eu considero mais sábias são aquelas que riem de si mesmas e das situações. E a sabedoria está também em saber diferenciar o rir de si mesmo e dos outros do "tirar sarro" das coisas. Rir da vida é levar a mesma de um jeito mais leve, menos carrancudo, menos analisador. 
Em todo lugar que vou, enxergo as pessoas filosofando sobre o vazio, analisando os detalhes de coisas bobas, sendo politicamente correto do nada. Pessoas que se ofendem com piadas da internet, com frases jogadas ao vento, com coisas ditas e que, muitas vezes, nada tem de pessoal ou relevante. Eu era assim, por isso que falo com propriedade do assunto. Era carrancuda, não via graça em nada, queria ter ar compenetrado e sério. 
Cultivava uma timidez blasê, fazendo tipo de intelectual! Rir era para fracos. Rir era coisa idiota. Até que a vida foi me dando tanta rasteira que pensei: "Cadê a seriedade disso tudo? Estamos de passagem e vou viver com o riso o que eu puder viver!" E as tais rasteiras continuaram, mas incrivelmente se tornaram imperceptíveis! Sim, porque a cada rasteira, eu transformava o susto em gargalhada e ela se tornava comédia! 
Chaplin falava muito bem disso quando colocou que
"A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas é uma comédia quando vista de longe."
Isso mesmo! Quando acontece ali, pertinho da gente, tudo fica pesado, triste, dramático. Mas quando nos distanciamos, quando tiramos a nossa alma do problema e o analisamos de longe, ele se torna até divertido e engraçado! Uma das lições mais preciosas que tive na vida não foi lendo livros pesados e dramáticos nem vendo palavras de ordem na TV, jornais ou atualmente na internet, como em blogs ou no twitter. Foi durante a minha infância quando a mãe de uma amiga da época descobriu um tumor no abdômen. Ela tinha só 35 anos de idade e se viu diante de um tumor maligno em metástase, com marido e três filhos para criar! Enfrentou cirurgias e quimioterapia muito agressiva, que a emagreceu e a deixou completamente careca. Mas nunca vi a mãe de minha amiga reclamar. Nunca a vi escrever nada triste ou esbravejando sua condição e nunca a vi agressiva pelo seu infortúnio. Ao contrário! Ela nos pegava de domingo a tarde, nos colocava dentro do seu Chevettinho 86 e saía pelas ruas da cidade para levar-nos para um passeio! Ía com seu batom vermelho em dia e com a peruca loira que ela havia comprado para esconder sua recente calvície. E, ao parar nos faróis vermelhos, quando ela percebia que alguém a observava pelo vidro aberto do carro, ela sorria, colocava a língua para fora e levantava a peruca! Todos gargalhavam! A pessoa que via a cena, nós dentro do carro e principalmente ela, que ria e se divertia com sua condição de doente terminal! E quando ela morreu, 6 meses após a descoberta do tumor, o que mais conversávamos em seu velório eram das suas palhaçadas, das suas risadas gostosas e do jeito que ela nos fazia sorrir! E foi isso que ficou pra mim: o sorrir! 
Pense bem: você lembra mais dos filmes engraçados ou daqueles mega trágicos e dramáticos? Ou seja, que adianta ficar esbravejando sua condição, suas mazelas e sua raiva por aí? Ninguém vai absorver nada disso! Mas brinque com sua tristeza....espalhe seu sorriso...cultive a alegria....e verás que qualquer ensinamento que quiser passar será eternamente recordado como uma gargalhada gostosa de infância. 
Meu lema hoje? 
A vida é curta. Então, CURTA!!!!
Beijos
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17 comentários:

Carine Gimenez disse...

Arrasou!!
Muito preciso e feliz esse texto.
Rir é a melhor terapia,sem dúvidas.
As pessoas se preocupam tanto em parecerem cultas,sérias,importantes,que ficam chatas.
Beijos.

Anônimo disse...

Aí Lola! Falou e disse!
Também levo a vida assim,... meio de longe, rsrs, na comédia. Fazer o quê(?), se não vou sair viva dela, não é mesmo? Muito bom o texto. Concordo com tudo o que você disse.
Bjsssssssss

Roberta Mello disse...

Menina, e num é?? Ai que canseira de tanta intensidade nas coisas, vamos ser mais leves, menos carrancudos, menos chatos com as adversidades da vida!! É isso aí gemula, vamos viver e curtir enquanto estamos aqui!! Beijocass

Unknown disse...

Lindo! Arrasou Lola. Bjs.

Celina Dutra disse...

Guerreira e sábia!

Beijo

Nilce disse...

Oi Lola

Amei o seu texto, principalmente porque este é o meu lema: rir e sorrir sempre.
Independente do que estamos passando, rir ainda é o melhor negócio por mais triste que estejamos.
Estes dias até fiz uma postagem "Seja um idiota" que fala sobre isso.
Rir ainda é o melhor remédio para o corpo e para a alma.

Bjs no coração!

Nilce

Mari Hart disse...

Vc falou tudo o que penso! Faço graça até nas situações mais improvaveis e muita gente não entende! O mundo muito sério é um saco! Para mim uma das maiores qualidades do ser humano é o senso de humor. E foi assim que meu marido me conquistou, me fazendo rir! rs... e por isso apesar de tantos anos juntos ainda nos divertimos em qualquer situação, pode ser até em um domingo a noite vendo "Fantástico" que estamos rindo de algo que o outro fez ou falou, rs!

Que coisa essa mãe da sua amiga hein!? Lamento muito, mas é um exemplo a ser seguido! Bjão queridona!

Giuliana: disse...

Oi Lola,

Isso mesmo, para que viver carrancuda e perdendo o brilho dos olhos, quando podemos viver com muito mais leveza? Também já fui muito chata, séria, sem graça, e o que me trouxe de presente foi só adoecer. Hoje, quem conheceu meu antes e depois não acredita, praticamente uma mudança de 360°. ;oD

Também tenho uma Tia de consideração que já passou por situações que desacreditávamos que ela sobreviveria, tanto que recentemente teve que retirar aproximadamente 70% do estômago. E nunca a vi reclamar, sempre de bem com a vida, dando risada, falando besteiras, sempre com os cabelos arrumados, as unhas feitas, vestidinho impecável.

E aí a gente olha e pensa: quem ganha mais da vida? Com certeza são essas pessoas que não se martirizam, mas que agarram a qualquer sopro de vida, por simplesmente amar viver.

Beijos

Mari Amorim disse...

Deixo-lhe um abraço, cheio de boas energias!
Mari

Cynthia Le Bourlegat disse...

Precisava ler isso hoje lolinha! Porque normalmente eu sou de bem com a vida, e rio sempre de tudo e de mim mesma, mas hoje to tão "ninguém me ama mais" precisava ler esse seu texto mesmo... beijo querida

Alexandra Lopes Da Cunha disse...

É isso mesmo! Eu, muitas vezes, reclamo de barriga cheia! Aí, quando fico muito chata, começo a fazer piada das minhas próprias chatices. E melhoro!
bjs,

Luci Hora disse...

Lola, vc disse tudo que eu costum falar para todos aqui!!
Voê acredita que eu parei de sair com alguns amigos justamente por não ter mais paciência pra lamentações e conversas chatas?
Eu não me permito "desperdiçar" meu tempo com lamúrias e chateações!! #FATO

Amei o post!! Vc falou por mim!

Mylla Galvão disse...

A vida é mto curta para a gente desperdiçá-la!
Tem que curtir mesmo... Mas tem que fazê-la com quem se curte!
Já não faço mais as coisas que fazia... Mas estou do lado de quem amo!

bjo

Neli Rodrigues disse...

Levar a vida de forma mais leve sempre foi um dos conselhos da minha ex-terapelta e uma das minhas metas p/ este ano. É difícil deixar vícios que nos acompanham a vida toda, mas tenho lutado bravamente p/ romper com essas amarras. Tive uma irmã que agia como essa mãe da sua amiga, e hj o que lembramos dela é o jeito brincalhão que ela tinha. É melhor deixarmos marcada nossa passagem por aqui com risos, do que com lamúrias.
Bjs♥

Luzia Lira Pedagoga disse...

Foi muito bom pra mim ler esse texto seu. Já fui muito alegre, brincalhona, tipo feliz. Hj sou mais seria. Não consigo ver tanta beleza nas coisas como via antes. Mas vou levando a vida na boa.


Bjos Luzia

Fernanda Reali disse...

Teu post está em sintonia com o da @mulherseverino. Bora viver o HOJE e viver bem.

Beijoooo

material girl disse...

Muito bem, Lola, a gripe te deixou filósofa, kkkkk.

Mas vc tá certíssima, poucas coisas na vida realmente merecem stress, e se puder ser evitado, melhor ainda, o que é inevitável, a gente acolhe, vive, e supera!!

Beijos, filósofa da gripe, ahahahhah!